Notícias do Setor

A produção europeia de maçãs irá reduzir cerca de 3% este ano, em comparação com 2015.

As perspetivas para este setor foram anunciadas na semana passada pela Associação Mundial para as Peras e Maçãs (WAPA) durante a Prognosfruit, um encontro internacional que reúne vários especialistas dos dos dois frutos.

As variedades Golden Delicious, Gala, Idared e Red Delicious são as que irão registar um decréscimo de produção.

Também as peras irão, de acordo com a WAPA, registar uma quebra de 9%.

A associação diz que nesta campanha não se irá além das 2.170.00 toneladas de pera. Na colheita de 2015 esse número ascendeu a 2.394.000 toneladas.

Continue Reading →

As candidaturas para investimentos em transformação dos produtos da pesca e da aquicultura já abriram e podem ser apresentadas até 23 de setembro deste ano, estando disponíveis 27 milhões de euros, segundo uma nota do Governo.

De acordo com um comunicado do gabinete da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o ministério «assegurou a publicação, pela Autoridade de Gestão do Mar 2020, da abertura de candidaturas ao Regime de Apoio no Domínio da Transformação dos Produtos da Pesca e da Aquicultura».

As candidaturas podem ser apresentadas até 23 de setembro de 2016 e estão disponíveis nesta fase cerca de 27 milhões de euros, dos quais 75% correspondem a comparticipação do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas e os restantes 25% a comparticipação do Orçamento do Estado.

Segundo o documento, os incentivos a conceder neste domínio visam «reforçar a competitividade das empresas integradas no setor da transformação dos produtos da pesca e da aquicultura», nomeadamente promovendo a eficiência energética, fomentando a inovação e potenciando a valorização dos produtos e a melhoria dos processos produtivos.

A nota do Governo detalha que os apoios «revestem a natureza de subvenção não reembolsável e correspondem a 50% das despesas elegíveis da operação».

O plano aprovado por Ana Paula Vitorino prevê ainda uma nova abertura de candidaturas a este regime em janeiro de 2017.

Continue Reading →

A Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) acaba de lançar o Cork Experience Tour (CET), uma iniciativa que pretende atrair uma fatia muito significativa dos turistas internacionais que visitam Portugal.

O programa consiste na visita e num conjunto de experiências junto de empresas produtoras, tendo como objetivo potenciar e rentabilizar a atividade turística local.

O CET surgiu em março e, ao longo de um período experimental de apenas três meses, já contabiliza mais de 500 visitantes oriundos dos Estados Unidos da América, França, Alemanha, Suíça, Itália e Dinamarca.

Para além desta iniciativa, a APCOR está ainda a desenvolver, em parceria com a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, um Roteiro de Turismo Industrial, que irá envolver diferentes setores de atividade e contribuir para a valorização da cultura industrial local.

«O CET surgiu no seguimento dos inúmeros pedidos de visitas junto da APCOR e, numa fase inicial, o balanço é bastante positivo, pelo que esperamos que, com a criação de um Roteiro de Turismo Industrial, possamos receber muitos mais visitantes e contribuir para o desenvolvimento do turismo local e para a criação de postos de trabalho» afirma João Rui Ferreira, presidente da APCOR.

Esta ação da APCOR conta com o envolvimento de diferentes empresas do setor, do Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça e do Centro Tecnológico da Cortiça que abrem as portas para dar a conhecer e experienciar o universo corticeiro ao mundo.

Fundada em 1956, a APCOR está no mercado há 60 anos e é hoje a única associação patronal do setor em Portugal.

Sediada no coração da indústria da cortiça, no concelho de Santa Maria da Feira, a APCOR representa atualmente 270 empresas – responsáveis por 80% do volume total de negócios do sector e 85% das exportações portuguesas de Cortiça – e é presidida por João Rui Ferreira.

Continue Reading →

O Azeite Moura DOP da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) acabou de ganhar o primeiro prémio, com medalha de ouro na categoria de frutado maduro, no concurso Mário Solinas – o principal concurso internacional na área dos azeites virgens extra, organizado pela International Olive Council.

Este prémio conquistado pela CAMB, que nasceu em 1954, foi disputado por 111 marcas de países como a Argentina, Austrália, Chile, Grécia, Israel, Itália, Perú, Portugal, Espanha, Tunísia e Uruguai, que se candidataram ao prémio Mário Solinas, o mais prestigiado e desejado por todo o sector oleícola internacional, descreve a Cooperativa em comunicado.

«Para nós, este prémio foi mais um importante reconhecimento da qualidade, da eficácia e do profissionalismo com que produzimos e desenvolvemos os nossos produtos, certificando a garantia de satisfação que os nossos consumidores obtêm ao consumir os azeites CAMB», referiu Luís Saraiva Crisóstomo, gerente/CEO da Cooperativa.

Fonte: Lusa 

Continue Reading →

Um estudo de investigação científica, de um ano, sobre alimentação de ratos com milho geneticamente modificado MON810 indicou que não houve efeitos adversos induzidos por aquele milho transgénico naqueles animais.

s resultados foram publicados na revista científica “Archives of Toxicology”.

Este trabalho foi concretizado por uma equipa internacional de investigadores do projeto GRACE – GMO Risk Assessment and Communication of Evidence -, envolveu 19 entidades parceiras de 13 países europeus e foi financiado pela Comissão Europeia.

Os ensaios laboratoriais tiveram em consideração as orientações da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Os resultados obtidos nesta investigação, com duração de um ano, mostraram que para um nível de presença de 33% de milho Mon810 na dieta fornecida aos animais, não houve efeitos adversos induzidos em fêmeas e machos de ratos denominados por “Wistar Han RCC“.

Este tipo de exposição é considerada como uma exposição crónica àquele milho MON810, o único milho geneticamente modificado cultivado atualmente no espaço da União Europeia.

Foram comparadas dietas que incluíram diferentes tipos de milho (milho geneticamente modificado MON810, milho convencional seu homólogo ou outras variedades de milho convencional) e foram estudados diferentes parâmetros relacionados com as rações e com os próprios ratos: análises da composição das rações fornecidas; monitorização do consumo das rações e do peso dos animais; observações clínicas e oftalmológicas dos ratos; análises histopatológicas e ao peso de orgãos após autópsia.

Continue Reading →

A produção de pera rocha do Oeste está atrasada devido a instabilidades climáticas e a colheita vai ser adiada do início para o fim de agosto, o que não acontecia há 10 anos, anunciou a associação do setor.

«As condições climatéricas, com temperaturas amenas e períodos prolongados de chuva, trouxeram-nos situações anómalas e dificuldades na floração e nos vingamentos da fruta, o que fez com que a colheita, que começava por volta do dia 10 de agosto, seja iniciada na última semana de agosto», disse Aristides Sécio, presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP).

Fonte: Lusa 

Continue Reading →

A produção de pêssego na Cova da Beira está a registar quebras significativas que podem variar entre os 30 a 60%, dependendo das variedades, garantem os representantes das duas principais organizações de produtores na região.

Segundo explicaram, a situação está relacionada com as más condições climatéricas que se registaram no período da floração, designadamente com a chuva, que impediu o normal desenvolvimento do fruto.

«Este ano é verdadeiramente atípico, temos as variedades mais precoces com perdas a rondar os 60 a 70% e as mais tardias com uma quebra na ordem do 30 a 40%, o que naturalmente é uma situação muito complicada para todos os produtores», disse Isabel Vaz, da Sociedade Agrícola Quinta dos Lamaçais, organização que congrega 23 produtores.

No último ano, a Quinta dos Lamaçais trabalhou com cerca de mil toneladas de pêssego e nectarina, mas para este ano Isabel Vaz nem sequer adianta estimativas e lembra ainda que, além das quebras, na produção que não foi afetada, está a registar-se um atraso de cerca de duas semanas.

Dados que são confirmados pelo responsável comercial da Cooperativa de Fruticultores da Cova da Beira, entidade que representa cerca de 30 produtores e que no ano passado também recebeu cerca de mil toneladas de pêssego e nectarina.

Para este ano, as expectativas são bastante mais modestas: «olhando para aquilo que são os pomares dos nossos associados, podemos dizer que a quebra rondará os 60 a 70%, isto sem querer ser pessimista», afirmou Pedro Catalão.

Este responsável também mantém a esperança que nas variedades mais tardias se consiga alguma recuperação, mas assume que é «impensável» conseguir chegar à média diária registada em 2015, ou seja, cerca de 20 a 30 paletes de 500 quilos.

«Se conseguirmos chegar às 12, 13 ou 14 já será muito bom», acrescentou, explicando que o quilo do pêssego ao consumidor final e de acordo com a qualidade e diferentes calibres está a ser vendido entre os 0,80 cêntimos e o 1,30 euros, o que representa um aumento de cerca de 20 a 30 cêntimos e que «está longe de fazer face aos prejuízos registados».

De acordo com os dados do INE, compilados no “+ pêssego – Guia Prático de Produção”, a Beira Interior é a principal zona produtora de pêssego em Portugal, representando cerca de 49,2% da produção nacional, estando essencialmente concentrada nos concelhos da Covilhã, Fundão e Belmonte, no distrito de Castelo Branco.

Fonte: Lusa

Continue Reading →

Numa época em que a floresta corre grandes perigos e há espécies autóctones em vias de extinção, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) associou-se a várias entidades para recuperar e proteger as sementes de muitas dessas espécies a fim de assegurar a sua salvaguarda e a possibilidade de reflorestação dos territórios no futuro.

João Fidalgo Carvalho, docente e investigador do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da UTAD, estudioso das espécies autóctones e um dos responsáveis, juntamente com os seus estudantes, pela plantação de 300 mil árvores nos últimos anos, vê com preocupação a «degradação do território e a consequente destruição da floresta autóctone, em grande parte pela mão do homem, de que o flagelo dos incêndios é apenas uma das faces visíveis do fenómeno».

Se a sociedade hoje não desperta para este grave problema, – alerta o investigador – «tempos virão em que perceberá que, sem a biodiversidade ativa, estará em causa a qualidade de vida nos territórios», assumindo importância crucial a preservação da floresta autóctone, em especial as espécies folhosas, relevantes que são não apenas a nível ambiental e ecológico, mas também do ponto de vista económico.

Das 60 espécies autóctones estudadas pela UTAD, há 10 espécies hoje muito raras e quatro já praticamente extintas. Por exemplo, «do mostajeiro, uma espécie outrora muito usada para madeira e artesanato e cujo fruto as populações aproveitavam para uma excelente compota, já só conheço duas árvores, uma nas Beiras e outra em Trás-os-Montes», assinala João Fidalgo Carvalho, para quem as vantagens em apostar nas espécies autóctones na composição da floresta portuguesa são imensas.

«Contrariamente ao que sucede com as espécies introduzidas, as autóctones adaptam-se melhor às condições climáticas locais, resistem melhor às pragas e doenças e, inclusive, contribuem para a mitigação das alterações climáticas», esclarece.

Neste quadro, a UTAD está também a apostar fortemente no estudo das sementes para que se possam recuperar espécies em extinção, e, no futuro, se poder reflorestar o território com qualidade, tendo em conta que a qualidade das sementes é um dos importantes aspetos a ter em conta em qualquer programa de arborização.

«Infelizmente na geração atual ainda há muita gente que negligencia a floresta e olha as árvores como algo descartável na natureza, mas temos de manter a esperança de que outras gerações virão e perceberão como a floresta é fundamental para a sobrevivência da humanidade. Daí que proteger os recursos genéticos e promover a arborização de espécies autóctones, seja também uma forma de proteger o futuro», lembra o investigador.

Continue Reading →

 A fileira da batata já tem desde o dia 8 de julho de 2016 uma nova associação, designa-se por Porbatata – Associação da Batata de Portugal.

Promover a organização do setor da batata bem como ajudar as empresas a potenciar os seus negócios são dois dos grandes objetivos desta nova entidade.

O reforço aos mercados nacional e externo é outra das grandes metas da nova associação.

Continue Reading →

Um projeto europeu coordenado pelo Instituto Tecnológico de Plástico (AIMPLAS), de Valência, Espanha, anunciou um desenvolvimento para o setor lácteo através de embalagens biodegradáveis e resistentes aos tratamentos térmicos, em forma de sacos, garrafas e tampas.

A AIMPLAS disse que terminou as investigações que possibilitaram o desenvolvimento de novos biopolímeros (produzidos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, como o milho), a partir dos quais se poderão fabricar novas garrafas, sacos e tampas biodegradáveis, num projeto em que participam duas empresas portuguesas (Vizelpas e a Espaçoplas).

Estes produtos apresentam-se como resistentes à esterilização, bem como à pasteurização, (esterilização através do calor, como a do leite), para que seja possível conter produtos lácteos como o leite fresco, batidos e iogurtes, com probióticos (organismos que quando administrados trazem benefícios à saúde do hospedeiro como facilitar a digestão ou a absorção de nutrientes), lê-se num comunicado do instituto, citado pela agência noticiosa Efe.

Após a sua utilização, as embalagens poderão ser transportadas juntamente com os restantes resíduos orgânicos e transformadas em fertilizantes, através de condições de compostagem.

O projeto denomina-se por ‘Biobottle’, é desenvolvido dentro do Sétimo Programa-Quadro da União Europeia, é coordenado pelo AIMPLAS e conta com um financiamento de um milhão de euros.

O desenvolvimento contou com a participação de sete empresas e centros tecnológicos, de cinco países distintos, nomeadamente, a Vizelpas e a Espaçoplas (Portugal), a VLB (Alemanha), a OWS (Bélgica), a CNR (Itália) e as Almuplas e Aljuan (Espanha).

Atualmente, as embalagens para este tipo de produtos são fabricadas a partir de polietileno, o qual ainda é facilmente reciclável, no entanto, na maioria das vezes, a sua vida útil é terminada em aterros devido aos problemas de odor provocados pelos resíduos deste produto.

Por este motivo, e também pela grande quantidade de lácteos que são consumidos na União Europeia, torna-se cativante o desenvolvimento destes recipientes biológicos e compostáveis, enuncia a mesma fonte.

O objetivo do projeto visava alcançar que as novas embalagens biodegradáveis fabricadas com os biopolímeros desenvolvidos no projeto, cumprissem com as exigências mecânicas e térmicas requeridas para a sua aplicação, e que, superassem as análises microbiológicas, sem afetar as propriedades organoléticas do produto.

Os resultados obtidos foram, garrafas e tampas com monocamadas e sacos com multicamadas, capazes de resistir a temperaturas até os 95 graus centígrados.

Foi possível modificar os materiais comerciais existentes, de forma a cumprir todas as expectativas, e também que estes fossem processáveis através dos métodos convencionais, de maneira a obter os distintos formatos de embalagens.

Este resultado foi praticável atendendo a um processo de extrusão reativa, um processo contínuo, mas com um tempo de residência curto, o qual utiliza uma extrusora como reator contínuo, uma máquina que força material para um molde de maneira a ficar com o formato pretendido.

A partir dos novos biopolímeros desenvolvidos, que superaram as provas de compostagem realizadas, irá ser possível obter-se os recipientes para os produtos lácteos, segundo o instituto.

Relativamente aos preços correntes dos materiais biodegradáveis, estes novos materiais aumentaram em menos de 10% no custo final do produto embalado e colocado nas prateleiras.

Fonte: ANIL

Continue Reading →