O pólo de competitividade Portugal Foods, os clusters InovCluster e AgroCluster e a associação Portugal Fresh avançaram com um projeto comum junto do IAPMEI para a constituição de um novo projeto de reorganização associativa das empresas do setor agroindustrial português, envolvendo da produção primária à indústria alimentar, assim como as estruturas do sistema científico e tecnológico nacional. Agrofood Portuguese Cluster é a designação da nova estrutura, que deverá merecer o reconhecimento por parte do Governo, confirmou a “Vida Económica” junto do presidente do IAPMEI.
Questionado pela “Vida Ecónomica”, Miguel Cruz explica que o IAPMEI coordenou a avaliação das propostas de reconhecimento de clusters de competitividade lançado em 2015 e que a proposta do Agrofood Portuguese Cluster “é uma das candidaturas”.
O presidente do IAPMEI diz que ainda não é “adequado” fazer o anúncio dos clusters que vão ser reconhecidos, mas faz questão de “assinalar a importância deste exercício de clusterização para o reforço da orientação estratégica de domínios de atuação, setores e cadeias de valor, bem como o impacto que estes clusters podem ter na inovação, competitividade e internacionalização da economia portuguesa”.
Tanto mais, porque, diz, “o IAPMEI tem vindo a ter uma preocupação extrema de articulação e consistência dos vários planos estratégicos, bem como na relação dos planos de ação mencionados com iniciativas prioritárias para a competitividade das empresas portuguesas, como sejam a digitalização da economia e indústria 4.0”.
Concretamente sobre o Agrofood Portuguese Cluster, Miguel Cruz também não se compromete com o seu reconhecimento oficial, mas manifestou à “Vida Económica” a sua “satisfação” por este “exemplo” de “articulação, cooperação e coordenação de esforços de diversas entidades” envolvidas – Portugal Foods, InovCluster, AgroCluster e Portugal Fresh – “em torno de uma estratégia comum de promoção da capacitação tecnológica, de desenvolvimento de novos produtos e da melhoria dos processos produtivos nas empresas”. Processo esse que, diz Miguel Cruz, possibilitará que as empresas do setor agroindustrial se “adequem às exigências dos mercados nacionais e internacionais, com efeitos ao nível da sua prestação económica e comercial e na economia nacional”.
Prioridades do Governo: “inovação e internacionalização”
O processo de reconhecimento daqueles que hão-de ser os novos clusters em cada setor de atividade está “no seu termo”, revelou o presidente do IAPMEI à “Vida Económica”, na sequência de “um trabalho de apreciação e validação das candidaturas, de articulação com cada um dos proponentes e mesmo da realização de reuniões presenciais”. Para fazer o anúncio público, o IAPMEI aguarda apenas que as “condições formais de constituição e composição de cada um dos clusters estejam reunidas”.
O presidente do IAPMEI destacou a importância deste “exercício de clusterização” para o “reforço da orientação estratégica de domínios de atuação, setores e cadeias de valor”, notando que “o reconhecimento destes clusters, num contexto de política pública, reveste-se de particular importância para potenciar sua atuação, quer na ligação a empresas, associações, entidades do sistema de inovação em Portugal, quer para o estabelecimento de parcerias de valor acrescentado a nível internacional”.
As duas prioridades centrais em termos de política pública são a “inovação e internacionalização”. Portanto, “qualquer um dos clusters que venha a ser objeto de reconhecimento terá um plano de ação focado no reforço da participação ativa dos diversos parceiros institucionais e setoriais e, principalmente, das empresas”. A ordem é clara: trabalhar na “construção de uma estratégia.”
Fonte: Vida Económica
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