A Xylella fastidiosa, a praga do olival, ‘saltou’ das Baleares e chegou ao território continental de Espanha, em Alicante na Região Autónoma de Valência. A confirmação foi dada no passado dia 29 de Junho de 2017 pelos serviços fitossanitários espanhóis.

Esta detecção ocorreu num pomar de amendoeiras de cerca de meio hectare, com mais de 30 anos, na sequência da informação prestada pelo proprietário de observação de uma quebra anormal da produção e de necroses (queimaduras) nas folhas.

A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária recorda, no seu Ofício Circular n.º 16/2017, que “é proibido ser portador de plantas de qualquer espécie susceptível proveniente das ilhas Baleares” e alerta que “caso observe sintomas suspeitos desta bactéria, deve de imediato notificar os serviços de inspecção fitossanitária da Direcção Regional de Agricultura e Pescas da área onde se encontra”.

Tratamentos insecticidas

De acordo com a informação da autoridade fitossanitária espanhola, estão a ser tomadas as medidas de erradicação previstas na legislação comunitária em vigor, incluindo a aplicação de tratamentos insecticidas contra os potenciais vectores da bactéria no pomar e na zona circundante, a destruição das plantas infectadas, a delimitação da área afectada e de uma zona tampão de 10km de raio com prospecção intensiva das culturas aí existentes, maioritariamente nespereiras, oliveiras, citrinos e amendoeiras. As plantas presentes nos viveiros e centros de jardinagem localizados a menos de 10 km foram imobilizados, serão testadas e feito o levantamento dos movimentos de material vegetal desses locais nos últimos 3 anos, explica a DGAV.

Em resultado dos trabalhos de prospecção realizados no arquipélago das Baleares, foram, até à data, identificadas em Maiorca, Ibiza e Menorca mais de 250 plantas infectadas com a bactéria (de três subespécies diferentes: subsp. fastidiosa, subsp. pauca e subsp. multiplex) pertencentes a diversas espécies vegetais, nomeadamente, oliveira, zambujeiro, amendoeira, cerejeira, ameixeira, videira, acácia, freixo, aloendro, rosmaninho, Lavandula dentata e Polygala myrtifolia.