A praga dos citrinos, detetada em jardins e quintais do Grande Porto em janeiro de 2015, está a expandir-se. Já chegou à Região Centro do país.

Até ao momento, não atingiu a produção, não há registos em pomares de agricultores profissionais. Se isso acontecer, temem-se prejuízos na comercialização com impacto na carteira dos consumidores. Menos produção, menos oferta, preços mais altos.

O inseto picador-sugador, psila africana, deforma folhas, debilita plantas, definha citrinos. Ataca sobretudo limoeiros e limeiras, mas também outras árvores da família dos citrinos, como laranjeiras, tangerineiras e toranjeiras.

Esta praga de quarentena está a provocar estragos na faixa litoral de Caminha a Ovar. Em 17 concelhos e 96 freguesias do Norte e Centro. Há casos em Barcelos, Caminha, Espinho, Esposende, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo, Viana do Castelo, Vila do Conde, Paredes, Trofa, Gaia, Feira e Ovar.

Os autarcas das regiões afetadas estiveram reunidos na semana passada com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte que tem disseminado informação sobre o assunto e que garante que o consumo de citrinos recolhidos em árvores atingidas pela praga «não tem qualquer risco para a saúde humana».