A romã é uma das frutas mais antigas que se conhece e, provavelmente, a fruta com maior capacidade medicinal comprovada.

A romã, cujo nome científico é Punica granatum, é uma infrutescência da família das Punicáceas, originária do sul da Ásia, na Pérsia. Foi levada pelos fenícios para os países mediterrânicos, de onde se difundiu para o continente americano, chegando ao Brasil pela mão dos portugueses. A nível mundial, os maiores produtores são o Afeganistão, o Irão, Israel, Brasil, EUA, Itália e Espanha, sendo esta o maior exportador europeu.

Em Portugal, a região do Algarve concentra cerca de 80% da área e 95% da produção total de romã do continente. A maioria da produção provém de árvores dispersas, em bordadura, sendo relativamente reduzido o número de pomares extremes. A área de cultura, que tem vindo a decrescer, é atualmente de 108 ha e a produção anual ronda as 400 toneladas.

As variedades mais frequentes são a Mollar, a De Elche, a Dejativa – de origem espanhola – e a Asseria. Esta última é uma variedade tradicional da região algarvia, precoce e caracterizada por bagos carnudos, vermelhos e de graínha pequena.

Com um poder antioxidante potente, apresentando um teor elevado de vitamina C, flavonoides, pró-vitamina A, taninos. Estas substâncias são muito promissoras na prevenção de várias patologias e ajudam a controlar os níveis de colesterol.

O sumo de romã tem um conteúdo em polifenóis três vezes superior ao do vinho tinto e do chá verde, substâncias que ajudam a prevenir as doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro.

Muitas são funções atribuídas a este fruto, onde se pode destacar:

  • Ação antimicrobiana: a romã é eficaz na eliminação de bactérias prejudiciais ao nosso organismo;
  • Melhora a função cardíaca: vários estudos apontam que o sumo de romã ajuda a prevenir a formação das placas de gordura nas artérias;
  • Ação anti tumoral: a romã inibe o crescimento das células cancerígenas e aumenta a apoptose (morte celular) no cancro da mama, próstata e colon;
  • Saúde óssea: alguma investigação refere que o sumo de romã diminui a perda óssea.

Quanto às vendas em Portugal para o exterior são praticamente nulas e Espanha é o principal fornecedor do mercado nacional, com uma quota que se estima ser de quase 100 %, situação que não tende a alterar-se, visto que, em Portugal, nos próximos anos, não se preveem investimentos nesta cultura.