As exportações de vinho cresceram 5,7% em volume e 8,5% em valor comparativamente a 2016.
As exportações de vinho português cresceram 5,7% em volume e 8,5% em valor, entre janeiro e setembro de 2017, comparativamente com o mesmo período de 2016, segundo dados do Instituto do Vinho e da Vinha divulgados esta quarta-feira. Os dados apresentados no Fórum Anual Vinhos de Portugal organizado pela ViniPortugal, na Curia, em Anadia, indicam que Portugal vendeu durante este período 2.136.582 hectolitros de vinhos, no valor de 536,8 milhões de euros. O maior crescimento verifica-se nos vinhos com Indicação Geográfica Protegida (IGP) e Denominação de Origem Protegida (DOP) que representam cerca de 40% do vinho nacional exportado. “São dados animadores e que nos permitem continuar a sonhar com a meta dos 800 milhões de euros de exportação este ano”, disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, a entidade gestora da marca “Wines of Portugal”. A França, os Estados Unidos e o Reino Unido continuam a ser os três principais destinos dos vinhos portugueses, mas a grande surpresa é o mercado angolano, que mais do que duplicou o número de hectolitros vendidos face a igual período do ano passado. “O Brasil e Angola estão a recuperar das suas situações económicas e estão outra vez a crescer muito nas nossas exportações”, observou Jorge Monteiro. O presidente da ViniPortugal diz que o setor vive um momento de “algum otimismo e de confiança”, adiantando que os vinhos nacionais começam a ser cada vez mais reconhecidos no estrangeiro. “Estamos a exportar mais, mas estamos a exportar melhor e eu acho que esse é o grande sinal que nos entusiasma a todos”, vincou o responsável pela associação interprofissional do setor vitivinícola. Quanto ao mercado nacional, Jorge Monteiro diz que a tendência é para haver uma redução do consumo, que será compensada com um “crescimento do valor”. “Os portugueses à medida que vão bebendo menos, podem ir bebendo vinhos de melhor qualidade e de preços mais elevados e o turista também está disponível para pagar mais”, concluiu.
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