A produção de azeitona foi 25% superior à da campanha anterior e 11% acima da média do último quinquénio segundo as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Janeiro.

As condições meteorológicas foram benéficas na fase da floração e vingamento, originando uma carga inicial de azeitona muito elevada.

Nos olivais regados (e nas situações em que as disponibilidades hídricas permitiram a antecipação do início e o prolongamento do período de rega), verificou-se a maturação de grande parte dos frutos, que apresentaram no lagar um conteúdo de gordura superior ao normal.

Sequeiro

Nos olivais de sequeiro, que ainda representam cerca de ¾ da área total desta cultura, a situação de seca meteorológica não permitiu o desenvolvimento de toda a carga de azeitonas, registando-se queda precoce ou engelhamento dos frutos nos ramos.

No entanto, adianta o INE, a precipitação de Outubro, ainda que escassa, permitiu alguma recuperação da produção de azeitona e do seu rendimento em azeite.

De notar que, apesar da cada vez maior importância dos olivais intensivos e semi-intensivos, onde se pratica uma gestão eco-fisiologicamente equilibrada (regas, podas, adubações e tratamentos fitossanitários), continua a ser bem visível a alternância anual de produção, vulgarmente denominada por safra e contra safra, realça o INE.