Notícias do Setor

Foi constituída a semana passada, oficialmente, uma associação nacional que pretende representar a batata nacional e “dar uma voz única e ativa ao setor”. Batizada de PORBATATA – Associação da Batata de Portugal, a organização conta já com 23 empresas e pretende “representar os interesses da batata de Portugal, abraçando toda a cadeia de valor, desde a produção à comercialização, sobretudo na promoção do consumo”.

Numa nota enviada às redações, a associação refere que os seus objetivos passam por “conquistar peso e relevância (angariando, continuamente, novos sócios); promover a batata como um alimento diferenciado, saudável, elevando as características únicas da batata nacional; representar os seus interesses ao nível nacional e internacional, defendendo as empresas, procurando libertar estrangulamentos que interfiram com a sua competitividade e sustentabilidade; monitorizar, compilar, produzir e difundir informação relevante, nomeadamente, de carácter produtivo, comercial e de mercado; e promover o consumo interno e a exportação potenciando sinergias com outras organizações do setor agroalimentar.”

De acordo com a PORBATATA, atualmente o grau de aprovisionamento de batata em Portugal “ainda é insuficiente para responder às necessidades de consumo”, já que o país produz apenas 45% do que consome, segundo a associação.

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A produção agrícola bateu recordes na campanha de 2014/2015, nomeadamente de tomate para a indústria, girassol e azeite, com o rendimento da atividade a aumentar 3,5% em termos homólogos, divulgou a 5 de setembro, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nas “Estatísticas Agrícolas 2015”, o Instituto Nacional de Estatística (INE) informa que o ano 2014/2015 foi «globalmente positivo para as produções agrícolas», com a produção de tomate para a indústria a bater recordes em 2015, com 1,8 milhões de toneladas, a maior produção dos últimos trinta anos.

Em destaque esteve também o girassol, com uma produção de 24,7 mil toneladas, o maior registo desde 2000. Para as culturas mediterrânicas o ano agrícola foi «igualmente favorável», com o aumento de 13,9% da produção de vinho, face a 2014 e de azeite que registou um máximo histórico, atingindo 1,19 milhões de hectolitros, o terceiro maior registo dos últimos cem anos.

Com exceção da redução das produções de cereais de outono/inverno, pera e batata, todas as restantes produções agrícolas vegetais aumentaram na campanha agrícola 2014/2015, destacando-se as subidas da produção nos frutos de caroço, frutos secos e maçã.

Na pecuária, a produção total de carne em 2015 aumentou 5%, (mais 1,7% em 2014, «tendência generalizada à produção de carne de todas as espécies pecuárias», sublinha o INE.

A produção de carne de bovino aumentou 11 pontos percentuais (p.p.) depois de três anos em queda, e atingiu as 89 mil toneladas, 80 mil toneladas em 2014, enquanto a produção de carne de suíno subiu 4,9 p.p., para o qual contribuiu o aumento do efetivo suíno verificado no final de 2014.

A produção das carnes de ovinos e caprinos aumentou 2,1 pontos, diz o INE, salientando que em 2015 foi atribuído um maior montante para o prémio aos ovinos e caprinos, tendo sido simplificadas as respetivas condições de candidatura.

Quanto à carne de animais de capoeira, esta atingiu as 352 mil toneladas, o que corresponde a um aumento de 4,3%, face a 2014, valor para o qual «contribuiu decisivamente o acréscimo da produção de frango em 5,1%», resultado de uma maior produção dos aviários de multiplicação.

A produção bruta de ovos de galinha atingiu um aumento global de 9,8 pontos, na sequência dos aumentos de produção de 10,2 p.p. nos ovos para consumo e 7,9 pontos nos ovos para incubação.

A produção total de leite apresentou uma variação positiva de 0,6 por cento face a 2014, atingindo os 1.953 milhões de litros, 1.940 milhões de litros em 2014.

O INE explica que a descida em 2% do índice de preços dos alimentos compostos para animais e o escoamento pela indústria, cooperativa e privada, de todo o leite produzido explicam em grande parte este acréscimo.

Em 2015, verificou-se uma descida de 2,1% no índice de preços de produção dos bens agrícolas (preços no produtor), -5,2 p.p. em 2014, tendo sido o leite em natureza, -15%; os suínos, -13,3 e os outros animais, -9,6% os que mais contribuíram para essa variação.

Além disso, afirma que o ano agrícola 2014/2015 ocorreu entre um ano de 2014 climatologicamente classificado como húmido e quente e um ano de 2015 extremamente seco, o sexto mais seco desde 1931 e o quarto desde 2000, e adianta que as condições climatéricas favoreceram as produções das culturas de primavera/verão, pomares, vinho e azeite.

O INE refere também que a segunda estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para 2015, elaborada com dados disponíveis até 29 janeiro 2016, apontou para uma subida do rendimento da atividade agrícola, por unidade de trabalho ano (UTA), de 3,1 por cento em termos reais, face a 2014.

A evolução estimada reflete o efeito conjugado do aumento nominal do valor acrescentado bruto (VAB) a preços de base, 4,5%, da diminuição dos subsídios, -7,4 pontos e do decréscimo do volume de mão-de-obra agrícola, -3,7%.

Fonte: Lusa

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Segundo os responsáveis regionais do setor, a produção de amêndoa nos concelhos do sul do distrito de Bragança, enfrenta quebras até 70%.

Norberto Bonifácio, técnico da Cooperativa de Produtores de Amêndoa de Torre de Moncorvo, diz, que com quebras na produção de amêndoa na ordem dos 70% há preocupações acrescidas em termos económicos para os concelhos a sul do distrito de Bragança.

Acrescentou que se trata de uma cultura que está em expansão nos concelhos do território do Douro Superior e da Terra Quente transmontana, onde cada vez mais os agricultores estão incentivados a plantar amendoal. Mas, com estas quebras na produção, as pessoas começam a pensar duas vezes antes de iniciarem os seus projetos.

Frisou que todos os concelhos onde impera a produção de amêndoa foram afetados, já que se trata de problemas climatéricos que afetaram a cultura do amendoal na altura da floração, onde se registou muita chuva e frio o que impediu o normal desenvolvimento do fruto.

Segundo o técnico, há agricultores que estão a ponderar não apanhar a pouca amêndoa que resta, por não ser tornar rentável.

Apesar do ano ser mau em termos de produção, os agrupamentos de produtores, aconselham a que os agricultores continuem as boas técnicas de manutenção da cultura do fruto e o bom trato dos terrenos.

Fonte: Lusa 

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As startups agrícolas, que incluem agricultura, pecuária, pesca e caça têm uma taxa de sobrevivência superior à do universo empresarial português.

A conclusão consta do estudo da D&B ‘Empreendedorismo em Portugal’, que analisa o impacto das startups no nosso país entre 2007 e 2015.

A análise foca-se na taxa de sobrevivência ao 5º ano de atividade, mas não indica os fatores que contribuem para este ‘sucesso’ na área agrícola.
Refira-se que as taxas de sobrevivência mais baixas incidem nos setores do alojamento, restauração e construção.

O estudo da D&B revela que, entre 2007 e 2015, foram constituídas 309 550 empresas e outras organizações, o que representa uma média anual de 34 mil, das quais 31 mil são empresas.

Estas startups (empresas no primeiro ano de vida) correspondem a uma média de 47 mil empreendedores por ano. Destes, 64% são empresários pela primeira vez e 76% assumiram a gestão das empresas que criaram.

Em muitos casos, estas empresas marcam tendências e estão à frente em indicadores seja na criação de emprego, na presença feminina em cargos de direção ou pelo seu perfil exportador, que surge cada vez mais no ADN das empresas, em muitos casos logo no primeiro ano de atividade.

Fonte: Distribuição Hoje 

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O Governo quer aumentar a produção de produtos biológicos o mais rapidamente possível, disse o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, no dia em que arrancou a consulta pública sobre a agricultura biológica.

«Não podemos deixar de fazer crescer este projeto, implementando esta estratégia o mais rapidamente possível, para que todo o território possa avaliar novas possibilidades», disse Amândio Torres a propósito da abertura, a 2 de setembro, do período de consulta pública à Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica e Plano de Ação para a Produção e Promoção de Produtos Biológicos, que dura até ao final do mês.

«Estamos a progredir e a promover a qualidade alimentar através do aumento da produção em modo biológico, ao mesmo tempo que concretizamos um objetivo do XXI Governo Constitucional e que vamos ao encontro dos objetivos da estratégia Europa 2020 e da Política Agrícola Comum (PAC)», acrescentou o secretário de Estado.

«É importante dinamizar este setor, capaz de dar um enorme contributo para o Desenvolvimento Rural, sobretudo em articulação com a reprogramação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) que está em marcha; em causa estão novos postos de trabalho, altamente qualificados, envolvendo jovens, e uma aproximação à terra e a um modo de produção mais ecológico, que se traduz em melhor qualidade alimentar», vincou o governante.

De acordo com os dados citados no comunicado, a superfície cultivada em agricultura biológica em Portugal tem vindo a crescer de forma sustentada, representando atualmente 239.864 hectares e 7% da Superfície Agrícola Utilizada (SAL) do continente, principalmente na Beira Interior e no Alentejo, onde está 82% daquela superfície.

No ano passado havia 3837 produtores biológicos, e 304 processadores e transformadores; e 14 organizações de agricultores.

Segundo o Governo, o objetivo desta consulta pública «é ampliar a discussão sobre o assunto, permitindo que os cidadãos e partes interessadas participem na formulação e definição da estratégia, através de um instrumento de apoio e recolha de opiniões sobre a importância de um conjunto de questões, através de um questionário online disponível na página web da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) em http://www.dgadr.mamaot.pt/».

Fonte: Lusa

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O Conselho Internacional de Cereais estimou, na sua informação de agosto, uma produção mundial de 2.069 milhões de toneladas de cereais, o que é um valor recorde, superior em 23 milhões ao previsto em julho e 69 milhões de toneladas em relação a 2015.

Também em recorde é o consumo mundial de cereais, com 2.046 milhões de toneladas, mais 17 milhões face ao mês anterior e mais 69 milhões que na campanha passada.

As existências mundiais de cereais também alcançam um valor histórico, 462 milhões de toneladas, o que representa mais 23 milhões que as existências finais da campanha de 2015/2016.

O comércio mundial mantém-se em segundo plano, com 330 milhões de toneladas, inferior em 13 milhões de toneladas à campanha passada.

Dos valores por espécies, destaque par ao forte aumento da produção de milho, com 1.030 milhões de toneladas, o que supõe mais 13 milhões de toneladas que as estimadas em julho e 61 milhões que as de 2015.

Para este crescimento contribuiu, fundamentalmente, a maior colheita nos Estados Unidos da América (EUA).

No caso do trigo, o Conselho Internacional de Cereais (CIC) prevê em agosto mais oito milhões de toneladas em comparação a julho e mais sete milhões que em 2015, como consequência das melhores produções estimadas no Mar Negro e nos EUA, que compensaram a queda da produção na União Europeia.

Fonte: Agrodigital

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O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, defendeu esta quinta-feira que Portugal deve continuar a apoiar os produtores de leite a fazerem face à atual crise de mercado.

O governante, que visitou, na Póvoa de Varzim, a feira agrícola do norte Agroleite, promovida pela união de cooperativas leiteiras Agros, garantiu que o Governo continuará a fazer esse esforço.

«Estamos num país com economia de mercado e não podemos fixar preços, por isso os apoios que damos são para minimizar este ciclo em baixo do mercado. Caso contrário a situação ficaria completamente desesperada», vincou Capoulas Santos.

O ministro da Agricultura reconheceu que tem sido «alvo de críticas de alguns colunistas por um alegado excesso de apoio ao setor», mas garantiu que, por enquanto, se manterá um pacote de ajudas de «algumas dezenas de milhões de euros».

«Para os liberais não há que apoiar o setor, há que deixá-lo morrer e os produtores procurarem outra atividade, para um socialista como eu, acho que o mercado tem de ser domesticado enquanto estamos no plano político europeu a tentar encontrar soluções para resolver o problema», vincou.

O governante reiterou que na opinião do Governo português «se impõe repor limites à produção de leite na Europa».

«É necessário disciplinar a produção e o excesso de oferta de leite na Europa. Creio que isso pode ser possível, pois em novembro do ano passado ninguém na Europa queria falar em apoios aos agricultores, mas em junho deste ano uma larga maioria do Conselho Europeu já os aprovou», lembrou o ministro.

Capoulas Santos garante que Portugal continuará a defender a reintrodução das «quotas leiteiras» e que tudo fará, neste período, para ajudar os produtores, embora lembrando que entretanto será o mercado a «continuar a ditar os preços».

«Os agricultores, tal como qualquer cidadão, quando se sentem injustiçados, manifestam descontentamento, mas têm de perceber que estão a ser injustiçados pelo mercado, que não tem rosto, nem olha as suas vítimas», disse o governante, que, na Agroleite, tinha à sua espera um protesto de produtores da região que se sentem «injustiçados pelo preço que recebem pelo litro de leite».

«Quem trabalha neste setor, com muita dureza, pode sentir-se injustiçado, mas o Governo têm feito esforços para os apoiar que refletem o esforço solidário de todo os cidadãos», reiterou.

Fonte: Lusa

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A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) realça, em comunicado, que os viticultores afetados por incêndios podem recorrer a um seguro próprio junto dos serviços daquela entidade.

Em comunicado, a CVRVV recordou que «disponibiliza um seguro de colheitas que, anualmente, garante uma cobertura eficaz da produção a mais de 15 mil viticultores», abrangendo sete tipos de risco, entre os quais os incêndios.

«Os viticultores da Região dos Vinhos Verdes que se deparem com uma situação de fogo – que destrua a totalidade ou uma parte da produção – podem apresentar a participação de sinistro junto dos serviços da CVRVV ou numa das 45 delegações concelhias», acrescentou o mesmo documento.

Depois de avaliado o pedido, «a situação é regularizada», com a CVRVV a declarar ser a única do país «a disponibilizar um seguro de colheitas abrangente e que assegura a proteção dos viticultores».

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O I Agri Milk Show – Feira Internacional do Agronegócio, Leite e Alimentação terá lugar na Exponor, entre 3 e 6 de novembro de 2016.

O evento pretende promover toda a cadeia de valor do setor leiteiro, quer a montante – Agri Milk Tech – quer a jusante – Agri Milk Food. Ou seja, será um espaço privilegiado de negócios mas também de promoção do leite e do seu consumo.

Segundo a organização serão quatro dias totalmente dedicados a promover a produção do leite e o seu consumo, sem esquecer os produtos que normalmente acompanham o leite e os seus derivados.

Irá ainda ter lugar um seminário internacional, que irá promover o debate dos multi mercados estando prevista a presença de duas dezenas de compradores internacionais, bem como organização de rondas de negócios, apresentações de explorações, unidades fabris e centros de investigação e vários espaços de networking.

«Será uma primeira edição em que queremos surpreender o mercado, integrar todos os agentes e partes envolvidas do setor. Na atual conjuntura é ainda mais importante uma maior integração e ligação da produção, da indústria e da distribuição, sem nos desligarmos do papel importante das instituições e das várias entidades governamentais», afirmam os organizadores.

O certame é organizado pela Associação Portuguesa de Criadores de Raça Frísia (APCRF).

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Está proibida a venda de árvores de citrinos em grande parte do norte do país.

Em causa está a psila africana dos citrinos (Trioza erytreae), que leva à morte da árvore. Não põe em risco a saúde pública mas está a afetar toda a produção nacional.

A venda é proibida, mas segundo foi apurado, há quem o faça de forma clandestina.

Em Portugal apareceu pela primeira vez em janeiro de 2015. Mais de um ano depois, a mancha de infestação já é muito maior.

Rapidamente se alastrou para grandes produções, onde os prejuízos são incalculáveis.

Para evitar a propagação, o Ministério da Agricultura e do Mar emitiu um despacho de proibição de venda destas árvores.

Se a proibição está ou não a ser cumprida é a grande preocupação das entidades, para que a praga não chegue ao sul do país, onde há a maior produção de citrinos.

Fonte: Porto Canal 

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