É quase um ultimato e foi deixado no Parlamento ao final da manhã pelo novo secretário de Estado da Protecção Civil: os proprietários privados têm que limpar os seus terrenos até 15 de Março e, se não o fizerem, terão que ser os municípios a arcar com essa tarefa até ao final de Maio.
Artur Neves, que intervinha durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, garantiu que o Governo tem no documento “as ferramentas financeiras necessárias” para ressarcir pessoas, empresas e municípios pelos incêndios do Verão e para assegurar uma nova estratégia para a floresta assim como para a prevenção e combate aos fogos.
O secretário de Estado contou que está a desenvolver projectos com o Ministério da Agricultura para, “a curtíssimo prazo, actuar na floresta que não está ordenada nem protegida”.
“Ter aldeias seguras e pessoas seguras é um projecto imediato para que até 15 de Março, os proprietários privados tenham todas as áreas envolventes a aldeias, casas isoladas, parques empresariais e estradas, limpas de vegetação facilmente consumível pelo fogo, como giestas, acácias, eucaliptos e pinheiros”, descreveu o governante. Adiantou que irá ser publicada em breve uma listagem para que todos saibam o que têm que limpar, devendo permanecer apenas espécies autóctones como carvalhos, sobreiros ou castanheiros, especificou Artur Neves.
A medida vai obrigar a um grande esforço publicitário e a uma presença permanente no terreno dos elementos do GIPS, SEPNA e até das autarquias, acrescentou o secretário de . “Caso alguns proprietários, por desconhecimento ou algum laxismo, não façam esta limpeza, naturalmente entrarão em campo os municípios para desenvolver esse trabalho de modo a que no fim de Maio tenhamos as aldeias, estradas, linhas eléctricas ou corredores de gasodutos seguros .”
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